Por Miron Neto
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30 de março de 2025
A crise que envolve a secretaria municipal e a classe artística de Gramado vem sendo acompanhada pelo Ministério da Cultura. Na última sexta-feira (28), a Coordenadora do Escritório Estadual do RS do ministério, Mari Martinez, esteve em Gramado para ouvir os pleitos do Coletivo Cultural Gramadense, que reclama de falta de diálogo do atual secretário, Jonas Silva (Republicanos). Martinez afirmou que está acompanhando a situação e que soube do manifesto lido pelo coletivo na segunda-feira (24) na Câmara de Vereadores, quando foi entregue um abaixo assinado com mais de 750 assinaturas. Durante o encontro, o Coletivo denunciou o que chamaram de "mais uma tentativa de censura". Segundo os ativistas, poderá ser aprovado na Câmara de Vereadores, o projeto de lei 02/2025, semelhante a lei intitulada "anti Oruam", que tem como objetivo impedir o uso de recursos públicos para financiar eventos culturais que, supostamente, promovam apologia ao crime, violência ou uso de drogas. Os ativistas temem que os vereadores aprovem o projeto, mesmo que o parecer jurídico da Procuradora Geral tendo sido contrário a tramitação. O projeto teria vício de iniciativa, ou seja, quando um poder interfere no que seria papel de outro poder. A classe cultural argumenta que já existem legislações que definem que apologia ao crime e às drogas são atos criminosos, sendo, portanto, dispensável que haja nova legislação para proibir o tema em eventos infanto-juvenis.