O atraso das obras de asfaltamento da RS-373, entre Santa Maria do Herval e Gramado, foi o motivo de uma audiência pública na Assembleia Legislativa. O DAER é responsável por 17 quilômetros, sendo 10 quilômetros de asfalto novo e 7 de recapeamento. Atualmente, alguns pontos seguem em obras. Justamente a falta de conclusão da obra que gerou um pedido de explicação por parte do deputado estadual Joel Wilhelm (PP), presidente da Comissão de Assuntos Municipais, ao DAER: “A rodovia precisa ficar pronta o quanto antes. O desenvolvimento econômico da região depende dessa estrada. Temos ali produtores de batata, e de outros produtos, que precisam escoar a produção. Além disso é uma rota para o turismo, já que encurta o trajeto entre Porto Alegre e Gramado em cerca de 20 quilômetros”, ressaltou o parlamentar. O engenheiro do DAER, Rodrigo Rodrigues, participou da audiência pública e respondeu aos questionamentos: “A obra está andando. A sinalização, os bueiros e a rótula ficarão prontos até o final de maio, como o trecho de recapeamento na Serra Grande, em Gramado. O trecho de Santa Maria de Herval é um pouco mais complexo, pois é uma região com rochas, que necessita de perfuração, inclusive mexendo na rede fluvial. Em junho a empresa licitada já estará trabalhando. A ideia é terminar até o final do ano”.

A vereadora Dra. Maria de Fátima (Republicanos) encaminhou uma indicação ao Executivo sugerindo a criação do Selo de Certificação e Qualidade dos Operadores de Turismo do Município de Gramado. O objetivo da proposta é reconhecer e incentivar a excelência nos serviços prestados pelos profissionais e empresas do setor turístico local. A iniciativa busca estabelecer um padrão de qualidade e profissionalismo, além de valorizar os operadores que investem em capacitação contínua e práticas sustentáveis. De acordo com a vereadora, o selo também estimularia a regularização e formalização das atividades turísticas, promoveria maior segurança e confiança aos visitantes na escolha de serviços e integraria o setor privado às políticas públicas de desenvolvimento do turismo.

A crise que envolve a secretaria municipal e a classe artística de Gramado vem sendo acompanhada pelo Ministério da Cultura. Na última sexta-feira (28), a Coordenadora do Escritório Estadual do RS do ministério, Mari Martinez, esteve em Gramado para ouvir os pleitos do Coletivo Cultural Gramadense, que reclama de falta de diálogo do atual secretário, Jonas Silva (Republicanos). Martinez afirmou que está acompanhando a situação e que soube do manifesto lido pelo coletivo na segunda-feira (24) na Câmara de Vereadores, quando foi entregue um abaixo assinado com mais de 750 assinaturas. Durante o encontro, o Coletivo denunciou o que chamaram de "mais uma tentativa de censura". Segundo os ativistas, poderá ser aprovado na Câmara de Vereadores, o projeto de lei 02/2025, semelhante a lei intitulada "anti Oruam", que tem como objetivo impedir o uso de recursos públicos para financiar eventos culturais que, supostamente, promovam apologia ao crime, violência ou uso de drogas. Os ativistas temem que os vereadores aprovem o projeto, mesmo que o parecer jurídico da Procuradora Geral tendo sido contrário a tramitação. O projeto teria vício de iniciativa, ou seja, quando um poder interfere no que seria papel de outro poder. A classe cultural argumenta que já existem legislações que definem que apologia ao crime e às drogas são atos criminosos, sendo, portanto, dispensável que haja nova legislação para proibir o tema em eventos infanto-juvenis.